Engenharia de Produção
   
Vai cursar Engenharia de Produção, mas está em dúvida sobre o futuro no mercado? Não se preocupe! Veja 11 áreas nas quais você pode atuar!
áreas da engenharia de produção

Saiba quais são as principais áreas da Engenharia de Produção

A Engenharia é uma área composta por diferentes cursos, sendo a maioria deles bastante relevante para quem quer começar uma carreira no mercado. O que nem todo mundo sabe é que, mesmo em uma formação específica, existem diferentes oportunidades para atuar profissionalmente.

Afinal, você sabe quais são as áreas da Engenharia de Produção que você pode seguir? Sabemos que nada é mais útil na hora de tomar essa decisão do que ter todas as informações que precisamos. Por isso, criamos este post especial com tudo o que você precisa saber sobre o tema.

Falaremos sobre o mercado de Engenharia de Produção, as áreas específicas de atuação, o papel da graduação na sua carreira e as habilidades que um bom engenheiro deve ter. Além disso, daremos algumas dicas para você escolher com sabedoria qual caminho trilhar. Então, vamos lá.

O mercado de Engenharia de Produção

O momento é de muita procura por profissionais que atuam como engenheiro de produção. Trata-se de uma atuação plural, já que o curso é abrangente e lida com diferentes áreas e habilidades. Além de uma base nas ciências exatas, como matemática e física, o nicho ainda aborda conteúdos voltados à gestão de pessoas e processos.

Na prática, o engenheiro pode trabalhar na fábrica, desenvolvendo formas de otimizar a produção, reduzir custos, aumentar a qualidade e a produtividade, melhorar a segurança etc. Em geral, esse cargo ainda traz consigo uma série de responsabilidades que envolvem questões administrativas.

Entretanto, é importante ter em mente que o engenheiro não é um administrador de empresas. Existem regulamentações específicas para essa área, como detalhado na Lei 4.769, que regula essa prática profissional e os seus pré-requisitos.

Então, fica a dica: se sua escolha for Administração ou Engenharia de Produção, entenda primeiro as diferenças. Ao final da leitura, é bem provável que você tenha todas as informações que precisa para isso.

Por fim, podemos destacar que o salário médio do engenheiro de Produção varia entre R$5.000 e R$9.300 para 8 horas diárias de trabalho — os dados são do vagas.com, um dos maiores sites de empregos do Brasil. Com algumas exceções, a maioria das áreas tem como futuro mais provável uma promoção para supervisor de Produção, gerente de Produção ou engenheiro de Planejamento.

Os detalhes de cada uma delas você confere mais à frente no artigo.

A importância da graduação

Se a área é uma das mais versáteis da Engenharia, sua formação também tem características específicas. Para começar, é preciso entender que só uma graduação pode dar a você uma capacitação legítima para exercer essa função. Um curso tecnólogo, por exemplo, pode ser muito útil, mas ele não forma engenheiros!

Enquanto a Engenharia de Produção traz todo o conteúdo e as habilidades que você precisa desenvolver para atuar nessa posição, o tecnólogo é capacitado a nível de atuação mais técnica. Com um curso de duração menor, o profissional tem foco muito maior na parte prática do trabalho, enquanto o engenheiro traz consigo todo o conhecimento administrativo e estratégico que o cargo exige.

Tendo isso em mente, é importante citar ainda alguns outros detalhes que fazem toda a diferença na hora de iniciar sua carreira em Engenharia. Para começar, temos a questão da escolha da instituição de Ensino Superior. Em outras palavras, a faculdade faz toda a diferença.

Procure uma instituição de qualidade, confiável e de boa reputação. O quadro de professores deve demonstrar conhecimento de mercado, proporcionando um ensino que traga também oportunidades. O objetivo é aliar conhecimento teórico à prática profissional.

Como conferir a qualidade da faculdade?

Existem duas formas de avaliar a qualidade acadêmica da instituição de ensino. Para começar, verifique a nota do MEC e a avaliação do Enade. Ambos são critérios baseados em avaliações detalhadas dos órgãos mais capacitados para isso: o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

A segunda dica, que também pode ser verificada por meio desses indicadores, diz respeito ao curso em questão. Depois de conferir que a instituição é bem avaliada, observe a grade curricular do curso, sua nota em específico no Enade, o quadro de professores e outras informações que julgar relevantes para o nicho que você procura.

O estágio, por exemplo, faz toda a diferença. Em geral, a disciplina deve estar na grade curricular, já que é uma exigência da legislação que autoriza o oferecimento do curso. Entretanto, vale a pena conferir ainda se a instituição tem boas parcerias com empresas e se fomenta esse tipo de experiência em ambientes de referência.

Estagiar é uma oportunidade extremamente valiosa para que você entre em contato com o mercado e tenha uma experiência real com algumas atividades que deve assumir por conta própria no futuro. O peso no currículo é enorme e pode ser o diferencial que você precisa para conquistar a vaga de emprego que almeja.

Agora que você já sabe como escolher curso e instituição de ensino para cursar Engenharia de Produção, é hora de falar dos caminhos que você pode trilhar nesse mercado.

As 10 principais áreas da Engenharia de Produção

Já parou para pensar nas diferentes tarefas que um mesmo profissional pode ter em áreas como a Logística, o Planejamento e a Pesquisa? A depender do que é feito no setor, seu trabalho pode variar bastante — assim como as habilidades necessárias para se destacar nessa função.

Conheça, então, algumas das áreas que mais demandam engenheiros de Produção.

1. Logística

As atividades do setor de Logística incluem o transporte, a movimentação e o armazenamento de materiais e insumos no estoque da empresa. Em alguns casos, como no varejo, é preciso lidar ainda com os processos de entrega de produtos para os clientes, assim como eventuais trocas e devoluções — o que é popularmente conhecido como logística reversa.

Nesse contexto, a função do engenheiro de Produção é realizar a gestão da cadeia de suprimentos, que engloba toda essa dinâmica, do recebimento de materiais até o envio final (incluindo a movimentação interna). O profissional deve não só controlar as atividades, mas desenvolver formas de reduzir custos, otimizar os recursos disponíveis e melhorar a produtividade como um todo.

Esses três fatores, como você poderá perceber de forma detalhada a partir de agora, fazem parte do que há de mais essencial na rotina do engenheiro de Produção. Vale destacar, é claro, que sua atuação pode ser focada em alguma dessa atividades (estoque, gestão de processos ou recebimento, por exemplo), caso a empresa seja muito grande.

2. Engenharia de Qualidade

A gestão de qualidade tem um papel importante na empresa, já que ela é um dos principais mecanismos de padronização de processos. Isso resulta em um trabalho mais eficiente, com menor custo e, é claro, garantia de qualidade no produto ou serviço oferecido. Não é à toa que ela tem uma grande demanda por engenheiros de Produção.

Seu trabalho, nesse contexto, inclui planejar, projetar e controlar sistemas de gestão de qualidade. Questões como certificação, realização de auditorias e normatização de processos, por exemplo, fazem parte da sua responsabilidade diária.

3. Engenharia de Sustentabilidade

Com a crescente demanda por uma produção mais “verde” e um foco especial no uso responsável dos recursos industriais, a Engenharia de Sustentabilidade surgiu como uma área promissora nas empresas. Além de profissionais de ciências biológicas, o setor também é muito acolhedor em relação aos engenheiros de Produção.

Nesse caso, sua função é praticamente a mesma: otimizar processos, reduzir custos e aumentar a produtividade. Contudo, todo o trabalho é guiado pelo uso inteligente e responsável dos recursos naturais, além de um cuidado especial com os possíveis resíduos da produção que a empresa deve descartar.

4. Engenharia Organizacional

Apesar de ser considerada uma função assumida por uma pessoa ou uma equipe, a Engenharia Organizacional está mais próxima de ser um método. Grosso modo, ela é formada por um conjunto de conhecimentos sobre gestão e planejamento.

O papel do engenheiro de Produção que assume essa posição é otimizar processos visando à modernização da estratégia de negócios de uma empresa. Em tempos de transformação digital, isso está diretamente relacionado com a implementação estratégica de tecnologias que levem a companhia a um nível mais alto de eficiência e produtividade.

5. Engenharia Econômica

A parte financeira das atividades de uma empresa também entra em contato com a Engenharia de Produção quando o objetivo é melhorar o desempenho do negócio. Se você optar por esse caminho, será um dos responsáveis por formular estratégias, estimar resultados e avaliar o cenário econômico da organização.

O objetivo é permitir que os administradores tomem as melhores decisões em relação aos rumos da empresa no mercado. Um ponto que você deve imaginar que seja importante é o gosto pela matemática — e realmente é. Além disso, é importante dominar conceitos de gestão de custos, investimentos, riscos, entre outros.

A Engenharia Econômica é um trabalho profundamente relacionado com o sucesso da organização no mercado em que ela atua. Quanto mais eficiente for o engenheiro nas previsões que ele fizer, mais confiáveis serão as decisões tomadas pela empresa e, consequentemente, menores os riscos de comprometimento das suas finanças.

6. Engenharia de Produto

Foi-se o tempo em que as empresas definiam um nicho de trabalho e focavam-no continuamente. O mercado de hoje exige uma atuação mais dinâmica, baseado nas demandas dos clientes e nas principais tendências. Logo, a empresa deve inovar continuamente e oferecer produtos inovadores, que imprimam a marca da empresa no imaginário das pessoas.

É nesse ponto que entra a Engenharia de Produto. De forma geral, como você pode imaginar, o nome é bem explícito sobre o que faz esse profissional. Entretanto, não se trata simplesmente de colocar a criatividade para funcionar e dar ideias boas (ou mirabolantes) para a empresa. O processo envolve técnica, estudo e trabalho organizado.

Quem dita o ritmo da Engenharia de Produtos é o consumidor. Então, fará parte do seu trabalho coletar dados, entender o perfil do público da sua empresa e elaborar formas de aproveitar as oportunidades. Muitas vezes, esses dados são enviados pelos setores de marketing e vendas, por exemplo.

Então, o principal desafio é criar algo que o cliente quer, mas de uma forma que ninguém mais oferece. É o espaço para os criativos que sabem colocar métodos para trabalhar a seu favor. Não é raro que empresas do setor de TI, por exemplo, contratem esse profissional para compor equipes de desenvolvimento de software.

7. Engenharia de Operações e Processos de Produção

Essa é a área mais próxima da demanda que deu origem à Engenharia de Produção. Nela, o profissional tem como objetivo desenvolver estratégias que melhorem os processos produtivos da empresa. Elaborar e aprimorar produtos também são demandas frequentes.

Entre as principais habilidades necessárias para o cargo estão o planejamento, o domínio de Programação e Controle de Produção (PPCP), a engenharia de métodos e a gestão da manutenção.

8. Planejamento e Controle

O Planejamento e Controle de Produção (PCP) ocorre de forma similar ao PPCP, mas se resume a questões mais operacionais, sem lidar diretamente com a programação de equipamentos automatizados. O engenheiro de Produção deve estabelecer, por exemplo, quantas pessoas são necessárias e a produtividade de cada uma delas para que um projeto seja entregue no prazo estabelecido.

É interessante ter em mente que isso não envolve apenas um cálculo de esforço ao longo do tempo, mas um estudo mais detalhado dos recursos à disposição. É preciso saber quantas máquinas estão disponíveis, quantos funcionários a empresa tem, em que momento vale a pena fazer novas contratações, quais materiais entregam o custo-benefício esperado, entre outras coisas.

O objetivo final é garantir que as metas sejam alcançadas, enquanto a “fórmula” para o funcionamento da equipe vai depender desse planejamento. Vale destacar que o engenheiro será responsável ainda por gerenciar as atividades, como um líder ou supervisor, para coletar e analisar dados de desempenho. Assim, ele pode ajustar a estratégia conforme eventuais necessidades.

9. Engenharia do Trabalho

Nessa área, o foco do engenheiro de Produção é projetar as tarefas desempenhadas por cada funcionário, assim como o sistema e o ambiente de trabalho. Mais uma vez de olho na otimização dos recursos, ele tem que encontrar a melhor distribuição possível desses fatores para obter máximo desempenho da equipe.

Entretanto, questões como saúde, ergonomia, higiene e segurança do trabalho devem vir em primeiro lugar. Resguardar a integridade física dos profissionais e melhorar a relação da equipe com o ambiente são fatores importantes. Por isso, é comum que surja o conceito de interface máquina/homem/ambiente/organização.

Isso não significa necessariamente trabalhar na indústria. Outros setores, como o do agronegócio, também são opções viáveis.

10. Pesquisa acadêmica

A carreira acadêmica é uma alternativa sobre a qual todo estudante deve refletir a respeito durante sua fase de estudos. A perspectiva é de um trabalho mais voltado à produção de conhecimento científico, tecnológico e metodológico. Isso significa colaborar com o avanço das técnicas de trabalho, algo que tem impactos em toda a sociedade.

Um pesquisador costuma ter uma rotina mais flexível e dinâmica, trabalhando hora com os livros, hora em laboratórios e oficinas. A formação, por sua vez, é um processo constante. Em geral, a pesquisa científica como um todo envolve ir da graduação para uma pós (mestrado, doutorado e até mesmo pós-doutorado).

O que nem todo estudante sabe é que você não se torna pesquisador apenas depois de concluir todos esses níveis de estudo. Já no mestrado (ou doutorado, se for encaminhado direto para essa modalidade), você desenvolverá um projeto de pesquisa que pode trazer frutos muito interessantes — para a sociedade e para a sua própria carreira.

Como escolher a área que mais combina com você?

O primeiro passo é conhecer as características básicas de cada atividade. Agora que você já entende o que faz o engenheiro de Produção em cada uma dessas áreas, é hora de estabelecer critérios de análise e prioridades. É interessante que isso seja feito levando algumas questões em consideração.

Por um lado, temos as atividades em si. Você pode:

  • ser mais calculista ou preferir um trabalho criativo;
  • dar-se bem com metodologias ou preferir liderança e planejamento;
  • gostar ou não de programação.

São fatores muito objetivos que serão parte da sua rotina diária. Então, pela lista acima, faça uma seleção de algumas opções com que você acredita ter alguma afinidade.

Depois, observe o mercado em questão. Setores como a Indústria, o Agronegócio e o da tecnologia estão mais aquecidos. Isso significa uma demanda maior por profissionais e, consequentemente, salários e benefícios mais interessantes.

Somado a isso, não se esqueça de conferir o mercado da região na qual você vive e estuda. Se você é mais desapegado, pode se aventurar conforme as demandas do país como um todo. Porém, se prefere se estabelecer em uma região, veja quais são os setores do mercado com mais atividade e direcione sua formação para essas áreas.

Por fim, lembre-se de conferir se as características do curso e da profissão estão de acordo com o que você deseja para seu futuro. Não tenha medo de reconsiderar a Administração, por exemplo, se você sente uma afinidade maior pelos cargos de liderança e gestão estratégica.

Considere que você só vai conhecer 100% da área de Engenharia depois de se adaptar à faculdade. Então, enquanto reflete sobre qual profissão escolher, compare também as grades curriculares dos cursos de uma instituição confiável e veja quais disciplinas despertam aquele interesse especial em você!

Feito isso, você pode tirar máximo proveito do curso superior para fortalecer o seu currículo.

As 5 habilidades mais buscadas no engenheiro de Produção

Capacitação e um histórico positivo na graduação são diferenciais importantes. Entretanto, existem outras habilidades que as empresas valorizam no engenheiro de Produção. Veja quais são elas.

1. Ética profissional

Um engenheiro lida com diferentes perfis de pessoa diariamente, além de ser responsável pelo direcionamento de estratégias que têm grande impacto nos resultados da empresa. Por isso, a ética profissional é um requisito fundamental para seu sucesso — e as empresas estarão procurando por sinais dela já no processo de seleção.

O ponto é que de nada adianta alcançar um resultado positivo em um mês e, ao mesmo tempo, deixar que os problemas desestruturem a equipe. Para que todos estejam engajados nos objetivos da empresa, é preciso ética e respeito mútuo. Então, gerenciar problemas interpessoais e adotar valores e melhores práticas da organização são uma premissa básica para quem quer atuar como engenheiro.

2. Disposição para aprendizado

Você deve ter notado que boa parte do trabalho do engenheiro tem como objetivo melhorar algo na empresa. Isso não acontece sem que ele tenha uma boa capacidade de análise, inclusive de si mesmo. É preciso estar disposto a aprender constantemente, o que significa assimilar os próprios erros como lições do dia a dia na Engenharia de Produção.

Além disso, novos métodos e tecnologias surgem a todo momento. O que as empresas procuram é alguém que se mantenha atualizado, aprimorando seus conhecimentos para transformá-los em melhoria contínua no negócio.

3. Trabalho em equipe

Se há um contato frequente com muitas pessoas, o trabalho em equipe se torna ainda mais essencial. Uma tendência importante a se ter em mente é que isso vem se tornando rotina nas empresas.

Cada vez mais atividades são realizadas em grupo, para que a criatividade seja bem aproveitada. Então, é hora de exercitar as habilidades de ouvir, ponderar, assimilar críticas e acreditar nas próprias ideias.

4. Capacidade de resolver problemas

Há quem diga que o principal hobby de um engenheiro é solucionar problemas desafiadores. O motivo é simples: em geral, bons profissionais da Engenharia são os que se destacam nesse quesito. Por mais que a otimização dos processos de produção possa ser feita de diferentes formas, em geral ela aparece como uma demanda da empresa.

“Estamos levando tempo demais para fabricar essa peça; o que podemos fazer?”. O engenheiro de Produção lida com esse tipo de questão diariamente.

5. Comunicação de qualidade

Se a Engenharia de Produção envolve planejamento e controle, ela traz consigo uma demanda muito grande por boa comunicação. Isso significa saber expôr as ideias de forma didática e objetiva, sem deixar de lado a boa relação com toda a equipe. A comunicação não violenta, por exemplo, é um conceito profundamente ligado a essa habilidade.

São características que tornam muito interessantes as áreas da Engenharia de Produção. Vale a pena investir na sua formação em uma instituição de ensino confiável, para que você desenvolva essas e outras habilidades. Em pouco tempo, estará dando o chute inicial em uma carreira muito promissora como engenheiro!

É isso que você quer para seu futuro? Então, baixe gratuitamente nosso guia da Engenharia de Produção e aprofunde ainda mais seus conhecimentos!

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