Ainda não sabe o que é Cultura Maker? Saiba por que ela está em alta!
Faça você mesmo. Quantas vezes você já não ouviu ou leu essa frase por aí? É só abrir o YouTube ou o Instagram e milhares de vídeos com a expressão vão aparecer nos buscadores dessas redes sociais. Ela ganhou ainda mais popularidade nos últimos anos com a valorização do homem como parte do processo produtivo, baseando-se no que chamamos de Cultura Maker.
Quando falamos em Cultura Maker, o que vem à sua cabeça? Neste artigo, você vai descobrir como o movimento tem transformado as relações organizacionais e o ambiente escolar. Acompanhe.
O QUE É CULTURA MAKER?
A Cultura Maker é um movimento de incentivo à criação de instrumentos para aplicação própria, usando a criatividade e produtos já em seu poder para isso. Em outras palavras, é colocar as mãos na massa para desenvolver ideias na prática.
Surgiu no final dos anos 1960, inspirada na cultura punk, que tinha por hábito quebrar as regras e estabelecer suas criações por meio de materiais próprios — tanto é que parte de suas divulgações era baseada em produções dos músicos.
Apesar dessa inspiração, o conceito passou a ser mais popular após o lançamento da revista Make, em 2005, e do evento Maker Faire, em 2006, que reuniu centenas de criadores. Com isso, mostrou uma nova maneira de produzir e empreender.
Mas esse movimento não ficou restrito ao mercado empreendedor. A educação também passou a ter a Cultura Maker como forte aliada. A seguir, vamos entender mais sobre a maneira com que isso tem impactado positivamente as ações educacionais.
QUAL É O OBJETIVO DESSE MOVIMENTO?
No movimento Maker, existe uma premissa básica: o aprendizado por meio da ação. Nesse sentido, o ato de “colocar a mão na massa” seria essencial para absorção do conhecimento. De modo geral, podemos resumir o intuito principal como sendo tornar o estudante o protagonista do seu desenvolvimento intelectual.
Atividades desafiadoras, estímulo à criatividade e o pensamento fora da caixa seriam essenciais para a resolução dos problemas atuais. Além do mais, isso surge como um incentivo para encontrar respostas mais eficientes para as principais questões que cercam a sociedade, seja no âmbito educacional, seja no organizacional.
Em suma, a ideia é estimular o contato com outros contextos, ao engajar os estudantes, independentemente do ambiente em que eles se encontram, e trazer uma realidade mais dinâmica para o cotidiano.
QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA CULTURA MAKER?
A Cultura Maker tem sido cada vez mais explorada e exaltada em diferentes âmbitos — e não é para menos. As práticas baseadas nesse conceito ajudam os indivíduos a serem mais ativos e desenvolverem ações que os levem às suas metas e objetivos.
Conheça a seguir alguns dos principais benefícios de aderir à Cultura Maker.
ENGAJAMENTO
As ações de engajamento são altamente relevantes, tanto na área educacional quanto no contexto empresarial. Engajar as pessoas é mais do que manter a presença delas — significa também atrair, envolver e garantir mais comprometimento com o projeto ou a equipe.
Nas escolas e faculdades, o engajamento permite que aquele estudante mais desinteressado se aproxime dos demais para interagir nos trabalhos propostos. O aluno engajado é mais participativo, motivado e consegue se tornar protagonista de seu processo de aprendizagem.
Aprender a trabalhar em equipe é essencial também na vida profissional. Não se trata apenas de ser integrante de um grupo, mas de mirar em um propósito em comum e fazer diferença enquanto membro do time. Nesse sentido, a Cultura Maker contribui para o aumento do engajamento — com a equipe e o projeto — e aumenta o sucesso dos resultados do trabalho.
PROTAGONISMO
Com a Cultura Maker, o indivíduo é empoderado para elaborar e aplicar soluções aos problemas que são apresentados. Isso confere protagonismo ao estudante ou profissional, uma vez que ele precisa conduzir seus próprios projetos sem receber ordens ou orientações específicas.
O protagonismo é uma habilidade valiosa e alinhada às expectativas do mercado de trabalho atual. Por consequência do reconhecimento de sua autonomia, as pessoas se sentem mais motivadas a vencer os desafios que são propostos a ela. Essa dinâmica de valorização e “mão na massa” se mantém como um motor que leva o indivíduo cada vez mais para frente.
PENSAMENTO CRÍTICO
Uma habilidade que destaca o indivíduo em qualquer ambiente em que ele esteja inserido é o pensamento crítico. Em uma sociedade com tantas opiniões pré-formadas, facilmente disseminadas e “compradas” com pouco ou nenhum embasamento, assumir um olhar crítico antes de formular os próprios argumentos é conduta de alto valor.
O pensamento crítico dá origem a uma visão mais questionadora, que busca respostas objetivas. Esse é um fator importante para ter excelência em qualquer campo de atuação, uma vez que permite a desvinculação das ideias do tipo “receitas prontas” e abrange as possibilidades de ação do indivíduo.
COMO A CULTURA MAKER VEM MUDANDO O DIA A DIA DAS PESSOAS?
A realidade mudou, obrigando as pessoas a criarem soluções alternativas. O mundo passou a ser mais conectado, com novas tecnologias surgindo a cada dia. Com o consumidor ditando as regras, os modelos antigos de negócios e educação também tiveram que mudar, a fim de dar o verdadeiro protagonismo a quem vivenciará, de fato, todas as experiências.
DIÁLOGO MAIOR
Um dos pontos importantes, como reflexo da Cultura Maker, é que as empresas passaram a ter maior diálogo com as pessoas, o que ajuda na criação de produtos com mais agilidade. Isso abriu espaço para que os novos negócios surgissem, basta observar o advento das startups no mercado.
ENSINO DINÂMICO
Na área da educação, por sua vez, o ensino deixou de ser algo tão engessado, no qual o estudante atuava apenas como sujeito passivo. Nesse novo cenário, o aluno se tornou um dos responsáveis pelo próprio conhecimento, sendo capaz de criar elementos para uso particular e, a partir disso, obter habilidades essenciais para posteriores invenções.
QUAL É A IMPORTÂNCIA DA SUA APLICAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO?
As instituições de ensino que têm aderido à Cultura Maker na formulação de seus projetos educacionais estão colhendo resultados favoráveis no engajamento e no aproveitamento dos alunos. Veja a seguir os pontos de melhoria nesse cenário.
REFORÇO NO PAPEL TRANSFORMADOR DA INSTITUIÇÃO
As instituições de ensino devem ter um papel transformador na vida das pessoas — ao menos essa é a ideia que deve guiar a proposta educacional. No entanto, nem todas elas aplicam completamente esse conceito, devido às limitações de investimentos e ao eventual engessamento curricular.
Portanto, ao inserir a Cultura Maker no ambiente escolar e acadêmico, é reforçado o dever transformador que a instituição de ensino deve ter. O alinhamento com essa premissa é capaz de fazer com que esse local caminhe junto das questões mundiais de sustentabilidade e consiga atender às demandas das novas gerações, que estão cada vez mais antenadas e querem ter um impacto positivo sobre o mundo em que estão.
DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DO SÉCULO XXI
A sala de aula não é e nem precisa mais ser um espaço em que o conhecimento apenas é reproduzido por uma pessoa e as outras têm que aceitá-lo, sem questionar. O ambiente pode (e deve) ter foco na valorização da prática, no estímulo ao pensamento crítico e no desenvolvimento de conhecimentos que aproximem os estudantes das demandas do mundo real.
Com a ajuda da Cultura Maker, os educadores têm ferramentas para desenvolver junto de seus alunos as chamadas habilidades do século XXI, o que inclui a união da tríade “cognição, interpessoalidade e intrapessoalidade”, tendo como base o protagonismo do estudante.
Na ESEG, por exemplo, o Laboratório de Inovação Tecnológica (LITE) conta com estrutura completa para a criação de protótipos e o desenvolvimento de projetos. As ideias são colocadas em prática desde o desenho inicial até o produto final.
E NAS EMPRESAS, COMO O PROCESSO FUNCIONA?
No âmbito empresarial, a Cultura Maker também tem proporcionado melhorias, tanto na performance dos profissionais quanto nos resultados globais das organizações. Entenda os impactos positivos desse conceito quando aplicado nos processos das empresas.
CONSTRUÇÃO DE SOLUÇÕES DE NEGÓCIO
A dedicação das empresas à Cultura Maker é capaz de trazer grandes transformações para o mercado. Reservar um espaço dentro das organizações a esse tipo de desenvolvimento permite que os trabalhadores possam facilmente experimentar e construir soluções de negócios tangíveis.
CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE OS DESPERDÍCIOS
O processo começa bem antes do que foi descrito acima. Por meio de uma conscientização sobre os desperdícios, a cultura é introduzida no ambiente organizacional, fazendo com que os produtos que são criados ali sejam feitos de acordo com uma demanda. O desenvolvimento de itens personalizados fortalece os vínculos entre o colaborador e o produto, ajudando a evitar descartes prematuros e a obsolescência programada.
MELHORIA NAS HABILIDADES DOS COLABORADORES
Outro ponto interessante é a oportunidade de aproveitar melhor as habilidades dos colaboradores. Ou seja, quando há uma adaptação ao “faça você mesmo”, o profissional deixa de ser apenas mais um e se torna peça-chave para o desenvolvimento e crescimento do negócio.
Tais práticas estimulam a criatividade e o desenvolvimento de habilidades artísticas, que podem servir como uma terapia para ele. Isso significa maior possibilidade de engajamento para seguir os projetos da empresa e também para garantir a satisfação do colaborador.
Como visto, a Cultura Maker tem a capacidade de renovar não só as práticas pedagógicas, criando novas formas de aprendizagem e de transformar o mercado. Sobre esse último, há uma ruptura no modelo tradicional de produção, fazendo com que as pessoas se tornem mais importantes na criação do que elas desejam ver em suas áreas de atuação.
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