Como avaliar o corpo docente de uma universidade? Confira algumas dicas
Quando se debate sobre o que contribui para uma universidade ser considerada de qualidade, muitas pessoas logo pensam no corpo docente. Afinal, os professores são responsáveis por transmitir o conhecimento aos estudantes, esclarecer as dúvidas das disciplinas, preparar os planos de aula, acompanhar os projetos de iniciação científica, entre outras tarefas importantes.
Logo, se não há bons educadores, é muito provável que o desempenho e principalmente o aprendizado dos estudantes sejam afetados, não é mesmo? Por essa razão, reunimos alguns aspectos relacionados ao corpo docente que você deve checar antes de se matricular em uma instituição de Ensino Superior. Acompanhe.
Converse com quem já é (ou foi) aluno
Para começar, converse com alunos matriculados em semestres mais avançados do seu curso e, preferencialmente, com aqueles que já o terminaram. Esse bate-papo — que pode ser presencial ou pelas redes sociais — vai ajudá-lo a saber o que o aguarda ao longo da graduação. Por isso, questione sobre tudo o que você quiser saber a respeito da dinâmica das aulas e, em especial, a relação dos professores com os estudantes.
Por exemplo, se os conteúdos são dados de forma mais teórica, prática ou mesclada, como é a rotina de trabalhos e tarefas, o estilo de prova que é aplicado, se o corpo docente indica materiais didáticos extras sobre as matérias (como filmes, documentários e livros) etc.
Verifique o currículo dos professores no Lattes
É uma boa ideia também verificar o currículo dos professores na plataforma Lattes — que nada mais é do que um espaço virtual no qual se encontram os dados das pessoas envolvidas com o ambiente acadêmico no Brasil. Aliás, ela inclui não só professores, mas também estudantes. Por ser bastante completa e detalhada, ela permite que você fique por dentro:
- da titulação dos educadores (se são especialistas, mestres ou doutores);
- do que eles realizaram como formação complementar ao longo da graduação (cursos, workshops, oficinas, treinamentos etc.);
- da atuação profissional dos professores desde que se graduaram;
- dos prêmios e títulos recebidos por apresentações e/ou defesas de trabalhos;
- de quais congressos, feiras, simpósios e demais eventos acadêmicos eles participaram, seja como ouvintes ou como expositores;
- do histórico de bancas de trabalho de conclusão de curso (da graduação e da pós-graduação) cada um já participou;
- das patentes e dos registros oficiais de produtos e serviços que desenvolveram ao longo do projetos e pesquisas.
Observe o perfil deles no LinkedIn
Uma terceira dica é pesquisar pelo perfil dos professores no LinkedIn e observá-los com bastante atenção. Isso porque há aqueles que fizeram uma pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) — voltada para a docência e a pesquisa científica — e aqueles que fizeram uma pós-graduação lato sensu (especialização e MBA) — direcionada para o ganho de conhecimento prático aplicado ao mercado de trabalho.
Logo, no caso dos educadores que se incluem nessa última categoria, o ideal é que eles tenham um boa e vasta experiência profissional em empresas, companhias, multinacionais e órgãos públicos, não é mesmo? Assim, podem compartilhar com você e os demais estudantes casos de estudo positivos e negativos, abordar novidades da sua área de formação e debater as tendências do mercado com muito mais domínio e profundidade.
É justamente aí que entra o LinkedIn, como o fornecedor dessas informações. Afinal, essa rede social, que serve como ponte de relacionamento entre profissionais e empresas, traz diversos dados interessantes sobre os usuários dela. Você consegue, por exemplo, saber detalhes sobre:
- a experiência profissional deles (com descrição do cargo ocupado, a companhia em que trabalhavam e o período do vínculo empregatício);
- a experiência com trabalhos voluntários e em que áreas eles foram desenvolvidos (educação, serviços sociais, ciência e tecnologia etc.);
- as competências que eles dominam (como ferramentas, softwares, habilidades gerenciais, fluência em outros idiomas, ênfases da profissão etc.);
- as organizações com as quais os professores têm algum tipo de vínculo profissional ou que eles acompanham por interesse/afinidade.
Pesquise os trabalhos acadêmicos publicados
Professores que se dedicam à docência e à produção científica costumam estar envolvidos com diversos trabalhos para terem uma boa (e mais extensa) produção bibliográfica. Por essa razão, elaboram artigos, estudos, pesquisas, livros, editoriais, cartilhas, relatórios, produtos e/ou serviços, entre outros.
Porém, não acaba aí. Isso porque eles não só produzem conhecimento, como também apresentam e submetem esse material para validação e publicação em periódicos de circulação nacional e internacional.
No portal de Periódicos da Capes/MEC, por exemplo, dá para encontrar publicações tanto do Brasil quanto do exterior e se informar sobre os autores de cada trabalho. Portanto, é interessante fazer uma breve pesquisa para saber em quais deles os seus possíveis professores já publicaram algo.
Confira os projetos desenvolvidos no ambiente acadêmico
Por fim, veja se os professores idealizaram ou mesmo desenvolvem de forma ativa alguma atividade na universidade. Por exemplo, eles podem lecionar em cursos extracurriculares para ajudar os alunos a aprimorarem o conhecimento obtido em sala de aula. Além disso, os educadores podem ministrar e acompanhar projetos de extensão universitária que estão relacionados às áreas de atuação de cada um deles.
Ao participar deles, você não só aprofunda o seu aprendizado durante o curso, mas também tem a chance de integrar debates que promovem o aumento do raciocínio crítico e se envolver em ações capazes de trazer vários resultados benéficos para a sociedade.
Outra possibilidade é que os professores orientem e coordenem pesquisas de iniciação científica que são excelentes para você se habituar e se aprofundar na produção de trabalhos acadêmicos e nas metodologias científicas. Para tanto, vale a pena checar o site, o blog e as redes sociais da instituição para coletar o máximo de informações a respeito disso.
Como você viu, há vários aspectos que podem ser conferidos para saber se o corpo docente de uma instituição é realmente qualificado. Afinal, como dito ao longo do texto, faz toda a diferença para a sua formação contar com professores capacitados, com experiência de mercado e um histórico de produções e pesquisas no âmbito acadêmico.
Por isso, aproveite e conheça os professores que integram o corpo docente da ESEG para descobrir como eles vão ajudá-lo a ter um crescimento contínuo no Ensino Superior.