Engenharia de Computação

Linguagens de programação: quais são as principais e como dominá-las

Linguagens de programação: quais são as principais e como dominá-las

Trabalhar com tecnologia é o sonho de muitos jovens que têm afinidade com a área. Afinal, boas oportunidades em grandes empresas é o que não falta — além das remunerações acima do mercado. Você se identifica com esse cenário? Então, deve saber que ter o domínio de linguagens de programação é fundamental para ter sucesso na carreira.

Porém, provavelmente sabe que existem diversas linguagens existentes para suprir a demanda das empresas e tornar realidade tantos sistemas e aplicações. Com isso, surgem dúvidas sobre como aprendê-las da melhor forma e o que o mercado espera dos profissionais de tecnologia.

Pensando nisso, preparamos este guia para você entender quais são as principais linguagens de programação que existem hoje, de que forma é possível aprender sobre as tendências da área e como dominá-las com maestria. Vamos lá?

A história das linguagens de programação

A história das linguagens de programação é bastante longa e teve seu início há muitas décadas — e também não é nossa intenção contá-la minuciosamente nesta oportunidade. Porém, é interessante conhecer um breve panorama dos primeiros passos da humanidade no contato com a tecnologia para entender seu propósito.

Primeiramente, vale ressaltar que sua história está diretamente relacionada ao surgimento das primeiras máquinas inteligentes: por meio delas, o intuito sempre foi transformar as sequências lógicas em resoluções para problemas. Isso nos leva ao francês Joseph-Mariae Jacquard, que criou um tear capaz de substituir o homem em seu processo de produção.

Foi observando essa máquina que Ada Lovelace criou algoritmos interpretados pelo primeiro computador da história (desenvolvido por Charles Babbage). Assim, iniciava-se o conceito de linguagem de programação e, aos poucos, os estudiosos da área perceberam que seriam necessárias várias delas para resolver diferentes problemas.

Como você deve ter visto no filme O Jogo da Imitação, Alan Turing também foi muito importante na compreensão da importância das máquinas inteligentes, dando ainda mais base para o computador funcional que conhecemos hoje. Nessa época, as linguagens trabalhavam com códigos de 0 e 1, o que tornava a vida dos profissionais complicada.

Nos anos 1950, surgiu o Assembly, a linguagem que mais se aproxima das máquinas, mas que, ainda assim, já facilitava a compreensão das pessoas. Sua criação despertou o interesse desses estudiosos, que viram a oportunidade de humanizar ainda esses códigos. Logo, vieram a Fortran, a Lisp e o Cobol.

Já na década de 1970, foram criadas algumas linguagens que são usadas até hoje, a exemplo do C (que vamos conhecer mais adiante). A partir desse ponto, muitas outras se derivaram do C, abrindo caminho para a evolução tecnológica que tornou possível a Indústria 4.0 que vivemos hoje.

Os principais tipos de linguagens de programação

Agora que você já entende um pouco mais sobre o surgimento das linguagens de programação, chegou o momento de conhecer quais são as principais que se encontram no mercado atualmente. Fique atento, pois o profissional do futuro deve saber ao menos uma delas.

Java

Essa linguagem orientada a objeto apareceu por volta de 1995, prometendo ser rápida, segura, confiável e multiplataforma. Isso porque os programas criados em Java não ficam em código nativo da plataforma. Em vez disso, são compilados para uma forma intermediária chamada de bytecode e são executados por meio de uma máquina virtual.

Dessa forma, um programador que desenvolve um sistema em Java faz esse processo uma só vez, podendo executá-lo posteriormente em qualquer plataforma que ofereça suporte para a linguagem.

Quando você precisa acessar a sua conta virtual de um banco em um computador ou mesmo alguns aplicativos da Receita Federal do Brasil, está em contato com os maiores exemplos da aplicação dessa tecnologia.

Um mito que circula bastante no mercado da tecnologia é que essa linguagem de programação é difícil de aprender. Porém, a dificuldade muitas vezes surge devido aos conceitos de orientação a objetos, que podem não ficar claros para os profissionais. Entendendo essa particularidade, o céu é o limite para o profissional.

JavaScript

De acordo com uma pesquisa da Stack Overflow, JavaScript é a linguagem de programação mais usada pelos programadores da amostra, passando dos 69%. Com ela, é possível fazer com que todas as funções desenvolvidas criem vida diante dos usuários — ou seja, trata de todas as interações visuais com a plataforma ou sistema.

Sabe quando você abre algum álbum de fotografia e consegue interagir com as páginas, como se estivesse manuseando um livro? Ou, então, quando você navega em um mapa, ampliando-o ou expandindo-o para ter acesso a melhores imagens? Esses são exemplos referenciais do JavaScript.

Python

Apesar de existir há décadas, o Python ganhou popularidade de uns anos para cá. Essa linguagem tem como principal objetivo favorecer a legibilidade e a produtividade do sistema, com códigos de fácil manutenção e baixa quantidade de caracteres especiais.

Se você sonha em trabalhar no Google um dia, saiba que programar em Python é um requisito primordial — na Nasa também, por curiosidade. Além de ser uma linguagem de alto nível, conta com uma biblioteca imensa e bons frameworks, facilitando a vida do profissional.

Linguagem C

Se você já começou algum curso de tecnologia, certamente teve contato com o C. Ele é bastante comum no ambiente acadêmico, uma vez que dá origem a diversas linguagens de programação, como C++ e C#. É com ele que o estudante aprende a lógica de criação de algoritmos, por ser intuitivo e de fácil aprendizado. Não é necessário montar um ambiente local na máquina para executá-lo — afinal, a maioria dos sistemas operacionais já o utilizam como base.

Muitos dizem que é possível fazer quase tudo em C, apesar de não ser a linguagem ideal para algumas aplicações. Uma de suas características é a modularidade: são diversos blocos em que as funções não estão interligadas. O exemplos mais conhecido de uso é o sistema operacional Linux.

PHP

Quando falamos em websites, PHP é certamente uma das linguagens mais pedidas. Já ouviu falar do Facebook e do WordPress, não é mesmo? São os melhores exemplos que se encontram no mercado hoje de suas aplicações. Por ter o código aberto, muitos profissionais já contribuíram para aprimorá-lo.

O PHP também é rico em frameworks, que auxiliam no desenvolvimento dos softwares, de modo a simplificá-los. Entre os mais utilizados no mercado estão:

  • Laravel;
  • Symphony;
  • Zend;
  • Phalcon;
  • CakePHP;
  • Yii;
  • CodeIgniter.

SQL

A Structured Query Language (mais conhecida como SQL) tem como função principal manipular bancos de dados de um modo ágil e descomplicado. O que acontece é que cada um desses bancos tem uma sintaxe padrão, que é aumentada por cada programador em seu benefício. Por essa razão, a portabilidade é um pouco mais difícil. Mesmo assim, é bastante usada pelos profissionais.

A SQL tem alguns subtópicos:

  • DML: para acessar e manipular as informações dos bancos de dados, são comumente utilizados os comandos SELECT, INSERT, DELETE e UPDATE;
  • DDL: a fim de alterar as estruturas em que os dados estão inseridos, o profissional responsável pelo sistema de banco de dados (
    conhecido como DBA) utiliza dos comandos CREATE, ALTER e DROP;
  • DCL: nesse caso, GRANT e REVOKE são os comandos usados para atribuir ou revogar privilégios de acesso aos usuários.

Ruby

Precisa de uma linguagem que tem foco na simplicidade e na produtividade? O Ruby surgiu com essa proposta. Além disso, busca proporcionar flexibilidade aos programadores, que podem alterar diversas partes do código — seja acrescentando ou removendo algum fragmento.

Por usar símbolos (a exemplo de @ e $) e não precisar de declarações de variáveis, os profissionais conseguem identificar facilmente o papel de cada função. O resultado é uma linguagem cuja leitura é bastante natural, e a escrita, simplificada.

O framework Ruby on Rails é bastante querido pelos programadores. Inclusive, reúne diversas profissionais nos Rails Girls: eventos com objetivo de incentivar mulheres de diferentes idades a aprender tecnologia.

4 passos para aprender programação

Existem diversas linguagens para fazer parte da sua rotina profissional, não é mesmo? Muitas delas farão parte das especificações de diversas vagas no país pelos próximos anos. Porém, antes de começar a pensar em qual é a sua favorita, é preciso aprender a programar. Você sabe como dar início aos estudos da área? Veja só esses passos que listamos abaixo.

1. Escolha a sua especialidade

Para dar início à carreira com o pé direito, é preciso ter um planejamento e, é claro, foco. Por isso, escolher a área em que você deseja trabalhar dentro do universo da Computação é essencial. Você pode ser analista de dados, suporte técnico, desenvolvedor de softwares, entre tantas possibilidades.

Quando se fala em programação, você pode seguir alguns caminhos de especialidade, como os que você vai conhecer a seguir.

Backend

Quando você escolhe o backend como especialidade, vai trabalhar com a parte do software que fica no servidor, garantindo a integridade dos dados e todo seu funcionamento, de acordo com a regra de negócio sugerida. As linguagens de programação usadas por esses profissionais são PHP, Java, JavaScript, Phyton, Ruby e C#.

Frontend

O profissional que escolhe essa especialidade trabalha com a parte visual dos sistemas, trabalhando os códigos que rodam no navegador. Ele não precisa desempenhar, necessariamente, a função de backend. Porém, é importante que tenha uma noção de arquitetura de softwares, uma vez que seus códigos vão se comunicar com o que foi desenvolvido no servidor.

As linguagens mais usadas pelos programadores frontend são JavaScript, CSS e HTML. Eles também trabalham com frameworks como Angular, Vue.js e React.

Fullstack

Até aqui, você já deve até imaginar que o desenvolvedor fullstack é um profissional completo, que desempenha bem tanto o frontend quanto o backend, certo? Pois bem, ele é bastante valorizado pelo mercado de trabalho, já que conhece a fundo as tecnologias e sua arquitetura.

2. Faça um curso de Engenharia de Computação

Aprender tantos conceitos e aplicações é bem mais fácil quando você tem um parceiro para motivá-lo e direcioná-lo nessa jornada pelo conhecimento, certo? É por isso que escolher um curso tão completo quanto a Engenharia de Computação faz toda a diferença na sua formação e seu desenvolvimento profissional.

Durante os cinco anos de curso, você aprende muito sobre as tendências do mercado, os desafios da área e, é claro, as linguagens de programação. São alguns dos tópicos que fazem parte da grade curricular:

  • engenharia de software;
  • desenvolvimento de software e aplicativos;
  • inteligência artificial;
  • computação gráfica;
  • controle e automação;
  • software de sistemas;
  • design de jogos;
  • telecomunicações;
  • controle e automação.

Os professores certamente serão os primeiros mentores que você terá durante essa caminhada, direcionando para os melhores teóricos da área e mostrando como o trabalho funciona na prática. Você ainda pode aproveitar o ambiente da faculdade e todos os recursos disponíveis para estudar bastante — como é o caso dos laboratórios e das bibliotecas.

3. Aprenda noções de lógica e algoritmos

Reconhecer padrões e resolver problemas são duas qualidades de um bom programador. Mas, para fazer isso bem, é preciso ter noções de lógica e algoritmos, de modo que seu trabalho resulte em uma função eficiente e correta, seguindo as instruções definidas a princípio. Manipular dados é outra prática que exige esses conhecimentos.

4. Invista no aprendizado de inglês

Essa dica, na verdade, vale para qualquer profissional que deseja se destacar no mercado. Conhecer outros idiomas, principalmente o inglês, coloca você na frente dos concorrentes, rendendo boas oportunidades de emprego e remunerações mais altas. Aprender a parte técnica da língua é um rico insumo para colocar no currículo.

Isso sem contar que muitos materiais de estudo ainda não foram (ou talvez nem serão) traduzidos para o português — desde livros didáticos até os fóruns da web que debatem como resolver problemas com aplicações. Entender essas mensagens técnicas pode ajudar bastante quando você precisa de auxílio rápido e direto para compreender o funcionamento de uma linguagem.

Além disso, a maioria das empresas padroniza a escrita dos códigos em inglês, para que haja organização e todos os colaboradores possam entender o que foi feito. Isso também ajuda aquele programador que quer aprender a linguagem observando as linhas produzidas por profissionais mais experientes.

Como dominar as linguagens de programação

Aprender uma linguagem de programação não é uma das tarefas mais fáceis, como você pôde perceber. Mas para ser aquele profissional requisitado pelas empresas, é preciso dominar a tecnologia com a qual você vai trabalhar — e essa missão não vai ser tão difícil após essas dicas que você vai aprender agora.

Pratique sempre que puder

Você já deve ter ouvido bastante que a “prática leva à perfeição”, certo? Essa máxima é tão difundida na sociedade pelo fato de ser verdadeira e aplicável em diversos setores de nossas vidas. Para dominar, de fato, uma linguagem de programação, é necessário trabalhar com ela o máximo possível, familiarizando-se com suas particularidades e, aos poucos, aprendendo os macetes para contornar quaisquer complicações.

Para isso, você pode construir mocapes de sistemas, colocar em prática alguma ideia que otimize a produção rotineira ou até mesmo criar um software para um negócio existente ou imaginário.

Não desista diante das dificuldades

Principalmente nos primeiros contatos com a linguagem de programação, você enfrentará algumas dificuldades no decorrer da execução. Isso é normal, não se desespere. O importante é não desistir diante dos desafios e insistir até que suas funções funcionem da melhor forma possível, rodando bem no sistema.

Mantenha o foco em uma linguagem

Aqui, não queremos dizer que você só pode conhecer a fundo uma linguagem. Será ótimo se dominar diversas delas, ainda mais quando se fala em mercado de trabalho e concorrência. Mas, a princípio, é preciso focar apenas em uma para aprender tudo sobre ela — em um futuro próximo, você pode partir para a próxima, ampliando seus conhecimentos.

Converse com profissionais da área

Conversar com quem já entende da linguagem de programação em que você pretende trabalhar pode render bons insights para sua aprendizagem. Afinal, eles já vivenciaram muitos desafios em sua roti
na profissional e conseguem dar dicas de como lidar bem com essas situações.

Com eles, você pode tirar todas as suas dúvidas e aprender aquelas particularidades que a linguagem apresenta, mas não são bem aprofundadas em materiais didáticos — fica mais fácil compreender a partir de exemplos do dia a dia, certo?

Mercado de trabalho para um programador

Com tantos recursos tecnológicos disponíveis hoje, as empresas se veem diante de inúmeras possibilidades de crescimento e inovação. É por isso que dificilmente encontramos algum negócio que não precise de um bom programador para transformar as ideias em uma aplicação prática.

Devido a essa procura, é fácil entender o motivo de os salários oferecidos a esses profissionais serem tão altos. Para se ter uma noção, os estagiários já iniciam com uma média de R$1,8 mil — que sobe para a faixa de R$4 mil a R$7 mil quando são contratados. Já um programador sênior pode ganhar até R$20 mil, a depender das especificações do cargo.

A mesma pesquisa da Stack Overflow que citamos anteriormente revela dados interessantes sobre o mercado da programação: apenas 5% dos profissionais da área estão em busca de um emprego — enquanto os demais já trabalham de forma independente ou vinculados a uma empresa. Isso porque, a cada ano, surgem diversas vagas que, muitas vezes, são até difíceis de se preencher nessa relação de alta demanda e baixa quantidade de pessoas qualificadas.

Outro dado revelador sobre a área é que a presença de programadoras mulheres tem crescido nos últimos tempos. Apesar de ainda serem minoria, elas representam cerca de 23% dos profissionais de tecnologia e 15% das matrículas em cursos que envolvem a Computação. A tendência é que esses números continuem aumentando nos próximos anos.

Além disso, há diversas oportunidades para os programadores no exterior, principalmente Alemanha, Irlanda, Portugal e Estados Unidos. Essa demanda se explica pela confiança que esses países têm nos profissionais brasileiros e nas remunerações — embora sejam vantajosas para quem trabalha, ainda representam economia para os empregadores. Já pensou em conquistar uma vaga dessas?

Como se dar bem no mercado?

Seja no exterior ou mesmo em seu país de origem, o bom programador tem características em comum, que conferem a ele um papel fundamental nas empresas. Veremos a seguir algumas dessas qualidades que vão fazer você se destacar.

Trabalhar em equipe

Um programador pode trabalhar sozinho na maior parte do tempo, focado em sua tela preta com letras verdes. Mas, no fim do dia, ele precisa saber o que a equipe está fazendo, pois sua tarefa, muitas vezes, depende de etapas que estão sob responsabilidade de outra pessoa.

Em uma equipe focada em tecnologia, todos devem estar na mesma página, a par do que os colegas estão trabalhando para resolver qualquer problema que surja no produto final. É por isso que as metodologias ágeis sugerem reuniões diárias e semanais para conferir o andamento das tarefas.

Ter paciência para tentar

Paciência é uma qualidade que pode ser desenvolvida já durante a graduação para contribuir com uma formação completa e, consequentemente, o sucesso profissional. Aprendendo alguma linguagem de programação, os erros podem acontecer com frequência, sendo necessário ter calma para solucioná-los. Isso você leva para outras situações da rotina na área.

Ser autodidata

Na faculdade, com o apoio dos professores e de toda a comunidade acadêmica, há momentos em que o estudante precisa ser autodidata para aprender, de fato, uma disciplina. No mercado de trabalho acontece o mesmo.

Um programador pode ter contato com os melhores livros e os autores mais renomados da áreas. Porém, existirão situações em que somente o famoso “colocar a mão na massa” será efetivo para a compreensão do tema.

Ter respeito a prazos e qualidade

Os prazos são necessários principalmente quando se trabalha com entregas interligadas, em que uma tarefa depende da outra. Ainda assim, não se pode deixar de lado a qualidade do que é feito, para não prejudicar os resultados mais para frente. O ideal é encontrar o equilíbrio entre essas duas frentes.

Viu só quanta oportunidade para quem se interessa pelas linguagens de programação? Se estiver preocupado com as habilidades necessárias para se dar bem no mercado, não deixe de contar com uma faculdade de qualidade, que se preocupa com seu desenvolvimento profissional. Esse já é o primeiro passo para obter uma carreira de sucesso.

Se é desse apoio que você precisa, conheça o curso de Engenharia de Computação da ESEG. Saiba quais os benefícios de estudar em uma faculdade que proporciona uma formação sólida e alta empregabilidade para seus estudantes.

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