Rotina de Estudos
   
Sabemos que muitos estudantes enfrentam dificuldades ao estudar em casa. Saiba, aqui, como lidar com os maiores problemas!
como otimizar os estudos

Saiba como otimizar os estudos escolhendo a técnica ideal para você

Estudar sozinho em casa é um desafio para grande parte das pessoas. Os maiores problemas relatados giram em torno de procrastinação, dificuldade de concentração e falta de motivação. Contudo, quem deseja conquistar uma vida pessoal e profissional de mais sucesso precisa aprender como otimizar os estudos.

O primeiro passo é deixar para trás aquela mania de decorebas cujo intuito é apenas passar na matéria. Dessa forma, não importa se a intenção é conseguir uma vaga no vestibular ou aprender inglês, o pensamento deve ser o de estudar, com o propósito de evoluir, aprender de fato e ser alguém melhor.

Pensando em ajudar você nesse processo, preparamos este texto com várias dicas importantes, com a ajuda de Marcelo Dias e Aline Barbosa, professores da ESEG.

Os desafios de estudar em casa

Muitos estudantes não sabem como focar nos estudos em casa. Quem mora com vários membros da família costuma sentir ainda mais dificuldade. É preciso enfrentar, por exemplo, interrupções e barulhos. O autocontrole também é necessário, ainda mais para se afastar de atividades que distraem, como o uso do celular.

O professor Me. Marcelo Dias, da ESEG, ressalta que “estabelecer acordos familiares é o caminho necessário para momentos de paz nos estudos. A colaboração de todos é importante e isso faz parte da boa relação”.

Ele também considera ser importante seguir à risca a organização com os horários de estudos. “Para aquele estudante que estava na escola e, agora, está em casa (devido à quarentena), o ideal é seguir o período em que estuda e reservar um tempo para as tarefas e as questões adicionais”.

A professora Drª. Aline Barbosa, da faculdade ESEG, concorda com a importância da rotina: “O estudo é como uma caldeira a carvão. Leva tempo para aquecer e, uma vez aquecida, deve ser aproveitada. Depois que esfria, levará todo o tempo novamente para esquentar. Assim é com os estudos. Quando o aluno pega o ritmo, deve continuar”.

Com relação aos barulhos, ela lembra que um protetor auricular ou um fone de ouvido, com música clássica, costumam ajudar. E se alguém for adepto dos estudos na madrugada, também pode usar isso a favor.

Os 5 métodos de estudos mais comuns

Métodos de estudo e aplicativos de organização são úteis para esse momento e podem ser mesclados, conforme as necessidades individuais. Separamos os principais.

1. Pomodoro

A técnica Pomodoro é uma ferramenta de gestão do tempo e ajuda o estudante a cumprir com suas obrigações nos estudos, por meio de pequenos objetivos estabelecidos. Costuma ser eficaz e motivadora. Contudo, o prof. Me. Marcelo Dias ressalta que, dependendo da complexidade do tema, ela exigirá algumas adaptações.

Para quem é fã de tecnologia, existem vários aplicativos que utilizam o Pomodoro e podem ser usados no celular ou no desktop.

2. Mapas mentais

Mapas mentais ajudam na memorização e visualização mental de certo conteúdo, contribuindo para melhor fixação. A profª. Drª. Aline Barbosa concorda que é uma técnica interessante, pois obriga o aluno a compreender e relacionar o que foi estudado. É, ainda, uma excelente forma de consulta para revisões.

Assim como o método anterior, também é possível contar com a ajuda de apps, que podem ser encontrados em todas as lojas virtuais dos sistemas operacionais.

3. Estudo intercalado

O estudo intercalado consiste em alternar, no mesmo dia, matérias diferentes, em vez de estudar apenas uma. Isso é um estímulo ao cérebro, para que continue ativo e atento. “É uma forma de aliviar a mente, pois ajuda a tirar foco do assunto anterior”, comenta a professora Drª. Aline Barbosa.

4. Fichamento

O fichamento é uma das melhores técnicas de como otimizar os estudos. É uma espécie de resumo bem pontual, com algumas palavras, frases e as principais ideias de determinado assunto. É realizado em fichas pequenas, e o estudante pode usar cores e símbolos para facilitar a estrutura.

O prof. Me. Marcelo Dias concorda que é uma ótima técnica, mas salienta para tomar o cuidado de não fazer algo muito mecânico, de modo a não perder a funcionalidade da estratégia.

5. Interrogação elaborativa

Esse método obriga a mente a racionar de forma mais profunda sobre determinado assunto. Por meio de perguntas do estilo “por quê? como?”, o estudante se impõe a ter um pensamento mais ativo. Para o prof. Me. Marcelo Dias, “o ponto mais alto é explorar mais cada conteúdo e auxiliar para um entendimento mais refinado”.

O que pode ser melhor para mim

Muitas vezes, a personalidade do estudante influencia em sua forma de estudar e na eficiência obtida em cada método. Ter um bom autoconhecimento tende a ajudar bastante, nesse sentido. Existem várias formas de obter essa consciência, sendo testes psicológicos uma delas.

A profª. Drª. Aline Barbosa é adepta deles, e cita uma das escalas mais famosas, o teste Myers-Briggs (MTBI), que classifica a personalidade olhando para oito grandezas.

Ela conta que “indivíduos extrovertidos são mais expansivos e sociáveis. Consequentemente, sentem mais dificuldade com o fato de estudar em casa. Já os introvertidos podem preferir esse formato, devido à maior privacidade.

Os sensoriais são práticos e preferem ordem e rotina. Por isso, tendem a sentir mais facilidade, já que, nessa situação, conseguem ter mais controle. Os intuitivos são mais criativos e têm uma visão ampliada das situações. Podem se adaptar com novos formatos de estudos, sem tanta dificuldade.

Racionais utilizam a lógica para lidar com problemas e tomar decisões de forma objetiva. Conseguem se organizar bem com os estudos em casa, se essa for a melhor alternativa. Os emocionais, por sua vez, tendem a tomar decisões baseadas em valores pessoais e sentimentos. Por isso, podem encontrar dificuldades e sentir falta de um contexto anterior.

Julgadores gostam de ter controle e querem um mundo estruturado e organizado. Por isso, estudar ‘quando e como quiser’ será algo que lhes agradará. Os perceptivos são flexíveis e espontâneos. Gostam do ambiente de casa, mas podem se sentir desconfortáveis com a flexibilidade desse formato”.

Assim, nossa dica é adaptar os estudos, seguindo as necessidades individuais. Por exemplo, se você é mais extrovertido, vai sentir mais vantagens se estudar com a ajuda de videoconferência, já que há possibilidade de se reunirem vários amigos. Se é emocional, consegue utilizar outras técnicas indiretas, como meditação e psicoterapia online, para lidar melhor com fatos subjetivos que estejam atrapalhando.

Outras dicas de como otimizar os estudos

Além de tudo o que já comentamos aqui, a profª. Drª. Aline Barbosa destaca ser importante, também, observar o tempo que cada um precisa para absorver o conteúdo, pois a dinâmica de estudar sozinho é diferente da de assistir às aulas na escola ou na faculdade. Com isso, o recomendado é ser realista e saber se dedicar o tempo suficiente.

Outra dica para se dar bem é refletir sobre os motivos e ganhos futuros de precisar se engajar nisso. Assim, perguntar-se: “Por que estou fazendo isso?” ou “Onde minha dedicação me levará?” tende a facilitar o processo. Lembre-se de que conseguir gerir o próprio tempo e dar conta das obrigações são algumas das características de um empreendedor, sendo essenciais em qualquer profissão escolhida.

Como você viu, há vários métodos e dicas de como otimizar os estudos. Não existem regras nessa escolha. Assim, o ideal é avaliar a individualidade e as preferências. Testar, adaptar e mesclar cada uma das técnicas citadas fará com que o processo fique ainda mais otimizado.

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