O que esperar do profissional do futuro e como chegar lá?
Os desafios que as organizações encontram hoje no mercado são muito diferentes daqueles que elas enfrentavam 10 ou 20 anos atrás. A sociedade mudou, a tecnologia transformou as relações de consumo e, consequentemente, as empresas buscam colaboradores capazes de atender às novas demandas. Mas afinal, o que elas esperam desse profissional do futuro?
Em busca dessa resposta, nós pesquisamos quais são as principais tendências do mercado de trabalho. Portanto, se o seu objetivo é se destacar nesse cenário, preparar-se para enfrentar esses desafios e desenvolver diferenciais competitivos para alavancar sua carreira, fique atento. Continue a leitura e saiba como se tornar o profissional que as organizações disputam.
Profissional T-shaped
O que você acredita que o mercado procura: especialistas ou generalistas? Nos últimos anos, a tendência da especialização cresceu. No entanto, as empresas perceberam que quando os colaboradores têm apenas essa visão focada em um único aspecto, pode ser mais difícil encontrar soluções efetivas para seus desafios do dia a dia. Por isso, elas passaram a valorizar o profissional T-shaped.
Como se trata de um conceito relativamente novo, muitas pessoas não sabem quais são as características desse profissional. Para que a compreensão seja facilitada, vamos pensar na letra T. O traço vertical representa a profundidade do conhecimento que ele tem em sua área de atuação, no tema em que ele é especializado. Portanto, trata-se de um colaborador que se dispõe a ter pleno domínio sobre tudo que diz respeito à sua função.
Porém, a letra T também tem um traço horizontal — e é ele que representa a grande diferença do T-shaped. Apesar de ser um profundo conhecedor de sua área de atuação, esse profissional também tem interesse em adquirir uma visão geral sobre o negócio e dos outros setores e funções que o compõem. Portanto, ele desenvolve uma rede de conhecimentos multidisciplinares e um pouco mais superficiais, mas completamente integrados à sua visão.
Dessa forma, ele se torna capaz de enxergar não só a pequena engrenagem que sua função representa na empresa, mas o funcionamento da máquina (que é o negócio) como um todo. Ele desempenha, então, sua parte de forma diferenciada e usa esse conhecimento mais amplo para produzir não apenas um projeto tecnicamente perfeito, mas uma solução capaz de gerar o resultado esperado pela organização.
Portanto, hoje as empresas buscam profissionais multidisciplinares, mas que se aprofundam em um ou mais temas. Eles são bastante necessários em um mercado em que não é mais papel dos colaboradores simplesmente apertar um botão ou parafuso, mas sim analisar os problemas de forma holística e propor soluções viáveis e competitivas.
Pessoas inovadoras
Muitos dos postos de trabalho operacionais ou mesmo táticos foram substituídos pela tecnologia. Por isso, se a automação dá conta das tarefas burocráticas e repetitivas que são inevitáveis dentro de uma companhia, o que sobra para o profissional?
A resposta é a inovação — uma característica que as máquinas não tem. Portanto, as empresas buscam colaboradores criativos, que saibam olhar para os problemas que a organização enfrenta e propor soluções eficazes e inusitadas. Aliás, essa postura não vale apenas para os desafios internos. Espera-se que essas pessoas lancem esse mesmo olhar para a sociedade, identificando necessidades do público-alvo e oportunidades para a companhia.
Inteligência socioemocional
Desde a primeira Revolução Industrial, as empresas precisaram contratar um número enorme pessoas para comandar máquinas. No entanto, conforme a tecnologia evoluiu, essa proporção foi reduzida. Atualmente, poucos equipamentos já conseguem realizar as tarefas que antes eram executadas por uma quantidade imensa de maquinário, o que reduziu os custos e otimizou as operações de muitas organizações.
O fato é que a alta eficiência das máquinas reduziu muito a quantidade de pessoas necessárias para lidarem com elas. Além disso, a Indústria 4.0 está levando a automação a níveis sem precedentes, que farão com que já não seja necessário contratar colaboradores para gerenciá-las.
A Inteligência Artificial e a Internet das Coisas estão mudando o conceito de chão de fábrica. Por meio de sensores e sistemas ciber-físicos, os próprios equipamentos realizam todas as tarefas que antes eram atribuídas a humanos, como a provisão de suprimentos, mudanças na configuração etc.
Portanto, o mercado necessita de profissionais que lidam com pessoas. Nesse contexto, o conhecimento técnico não é suficiente. É necessário demonstrar inteligência socioemocional.
Essas habilidades são essenciais em dois sentidos. Em primeiro lugar, elas permitem que a pessoa seja capaz de gerir suas próprias emoções e comportamentos. Dessa forma, ela não desanima diante de grandes desafios, aprende e aperfeiçoa sua ação a partir de derrotas, persiste até alcançar seus objetivos etc.
Em relação aos outros, a inteligência socioemocional possibilita o manejo adequado dos relacionamentos interpessoais. Quem tem essa habilidade consegue lidar bem com colegas de trabalho, clientes, gestores, fornecedores e todas as outras pessoas com quem tem contato no dia a dia, pois sabe proporcionar a resposta apropriada para cada situação apresentada.
A inteligência socioemocional envolve uma série de habilidades: autoconhecimento, empatia (capacidade de se colocar no lugar de outros), resiliência (adaptação rápida às mudanças e possibilidade de superar obstáculos), trabalho em equipe, entre outras.
Essas competências permitem que o profissional identifique problemas que acontecem com seu trabalho ou com o da equipe, consiga analisar como essa situação afeta cada uma das partes envolvidas e encontre maneiras inteligentes de gerenciá-los ou solucioná-los. Portanto, dentro de uma empresa, essa habilidade faz com que os projetos se desenvolvam de maneira mais fluída, incentivando a colaboração e sem criar grandes conflitos.
Capacidade de aprendizagem contínua
Finalmente, uma das principais características do profissional do futuro é sua capacidade de atualizar-se continuamente e potencializar o aprendizado. As mudanças vistas no mercado nos últimos 10 anos podem ser extremamente tímidas quando comparadas ao poder que a transformação digital tem para mudar as relações profissionais e de consumo na próxima década.
Portanto, como já disse Alvin Toffler, “os analfabetos do século 21 não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender”. Nesse contexto, a capacidade de aprendizagem adaptativa se torna essencial.
E então, qual dessas características do profissional do futuro você já tem? Que tal contar com uma ajuda extra para desenvolvê-las? Nos siga nas redes sociais para mais conteúdos.