Oficial de Justiça: quais são as formações que podem ajudar você a seguir nesta carreira
Se você já se perguntou como se tornar um Oficial de Justiça, é porque provavelmente se interessa por uma carreira estável, com bom salário e relevância dentro do sistema judiciário brasileiro.
Esse profissional tem papel essencial no funcionamento da Justiça, garantindo que as decisões judiciais sejam cumpridas corretamente.
Mas afinal, o que faz um Oficial de Justiça, quais os requisitos para seguir essa profissão e quais formações podem te ajudar a conquistar o cargo?
Para esclarecer todas essas perguntas, criamos um conteúdo com as principais dúvidas acerca dessa profissão.
Então continue a leitura para saber mais!
O que faz um Oficial de Justiça?
O Oficial de Justiça é o profissional responsável por cumprir ordens judiciais, ou seja, garantir que as decisões do juiz sejam efetivamente executadas. Ele atua como uma ponte entre o Poder Judiciário e os cidadãos.
Entre as principais funções de um Oficial de Justiça estão:
- Entregar mandados de citação, intimação e notificação;
- Realizar penhoras, apreensão judicial de bens, entre outras buscas e apreensões;
- Garantir que as decisões judiciais sejam respeitadas, comunicando irregularidades ao juiz;
- Executar diligências externas, muitas vezes fora do ambiente do fórum;
- Atuar tanto na área cível quanto criminal, dependendo da vara onde estiver alocado.
Em resumo, ele é a pessoa que faz com que a Justiça realmente aconteça no dia a dia.
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Como ser um Oficial de Justiça?
O caminho para se tornar um Oficial de Justiça exige aprovação em concurso público.
O cargo está presente em diferentes esferas, como Justiça Federal, Estadual, Trabalhista e Militar, e cada uma possui seu próprio edital com regras específicas.
De forma geral, veja abaixo o passo a passo com o que precisa para ser um Oficial de Justiça:
1. Ter formação superior
Quem deseja atuar nesta área, costuma se perguntar qual a formação de um Oficial de Justiça.
Na maioria dos tribunais, o curso exigido é o de Direito, pois o profissional precisa compreender normas, processos judiciais e legislação para executar suas funções corretamente.
Ter essa base facilita tanto a aprovação no concurso para Oficial de Justiça quanto o desempenho no trabalho diário.
Mesmo que alguns tribunais aceitem outras graduações, a vantagem de cursar Direito é enorme. Além de aumentar suas chances de aprovação, a formação prepara o candidato para lidar com procedimentos complexos, mandados e decisões judiciais, garantindo segurança e eficiência nas diligências.
2. Estudar o edital do concurso para Oficial de Justiça da instituição desejada
Antes de qualquer inscrição, é fundamental estudar o edital do concurso, ele contém informações essenciais sobre requisitos, etapas do processo seletivo, conteúdos cobrados e datas importantes.
Conhecer o edital ajuda o candidato a se organizar e a direcionar seus estudos de forma eficiente.
Ler atentamente cada detalhe evita surpresas e garante que o candidato esteja plenamente preparado para todas as fases do concurso.
3. Fazer a inscrição e pagar a taxa de participação
Com o edital estudado, o próximo passo é realizar a inscrição dentro do prazo e efetuar o pagamento da taxa de participação.
Esse procedimento garante que o candidato esteja oficialmente registrado no concurso e possa participar de todas as etapas.
É importante verificar com atenção os dados fornecidos na inscrição, como documentos e informações pessoais, pois qualquer erro pode invalidar a participação.
4. Ser aprovado nas etapas
A aprovação no concurso é o passo mais desafiador. As provas costumam ser objetivas e discursivas, cobrando conhecimentos teóricos sobre Direito, legislação e procedimentos judiciais.
Além disso, alguns concursos incluem avaliações práticas, físicas ou psicológicas, dependendo do tribunal.
O segredo é preparar-se de forma completa, revisando conteúdos jurídicos, normas processuais e simulados.
Candidatos bem preparados têm mais chances de superar a concorrência, que costuma ser alta, e garantir a classificação para a fase final.
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5. Passar pela fase de curso de formação e nomeação
Após a aprovação nas provas, os candidatos classificados passam pelo curso de formação, onde aprendem na prática as rotinas e procedimentos do cargo.
Essa etapa é essencial para consolidar conhecimentos, desenvolver habilidades específicas e se familiarizar com as exigências do trabalho.
Concluído o curso, o candidato é oficialmente nomeado Oficial de Justiça. A nomeação representa o início de uma carreira.
Quais os requisitos para ser um Oficial de Justiça?

Os requisitos para ser Oficial de Justiça variam conforme o tribunal, mas os principais são:
- Ter nacionalidade brasileira;
- Estar em dia com as obrigações eleitorais e militares;
- Ter, no mínimo, 18 anos;
- Possuir diploma de curso superior reconhecido pelo MEC (em muitos casos, em Direito);
- Ser aprovado em concurso público;
- Estar apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
Alguns editais aceitam candidatos formados em outros cursos superiores, (como Administração, Gestão Pública etc.) mas, na prática, o curso de Direito é o mais vantajoso, tanto por ser exigido em vários tribunais quanto por fornecer a base teórica essencial para o exercício da profissão.
Formações que ajudam a seguir a carreira de Oficial de Justiça
Embora o curso de Direito seja o mais diretamente ligado à função de Oficial de Justiça, outras formações podem contribuir para o desenvolvimento profissional.
Faculdade de Direito
A faculdade de Direito é a principal porta de entrada para quem deseja seguir carreira no Judiciário.
Durante o curso, o aluno estuda disciplinas essenciais, como:
- Direito Constitucional;
- Direito Civil e Processual Civil;
- Direito Penal e Processual Penal;
- Direito Administrativo;
- Direito do Trabalho;
- Ética e Legislação;
- Teoria Geral do Processo.
A grade curricular de Direito proporciona o conhecimento jurídico necessário para interpretar leis, compreender procedimentos e atuar com segurança em cada diligência.
Além disso, o diploma em Direito permite ampliar as oportunidades no futuro, como prestar concurso para outras carreiras jurídicas (analista judiciário, defensor, delegado, promotor e juiz, por exemplo).
Pós-graduação e especialização em Direito
Após concluir a graduação, o profissional pode investir em uma especialização em Direito, o que contribui para seu crescimento dentro da área.
Algumas opções interessantes são:
- Pós-graduação em Direito Processual;
- Especialização em Direito Administrativo;
- MBA em Gestão Pública e Judiciária;
- Pós-graduação em Direito Penal e Processual Penal.
Essas formações ampliam a visão do profissional sobre o funcionamento da Justiça e podem ajudar em futuras promoções ou concursos mais específicos.
Quanto ganha um Oficial de Justiça?

O salário de um Oficial de Justiça pode variar bastante conforme o tribunal e o estado. Em média, o valor inicial gira entre R$ 8.000 e R$ 14.000, podendo ultrapassar R$ 18.000 com gratificações e progressões de carreira.
Além disso, muitos tribunais oferecem auxílios e benefícios, como:
- Auxílio-alimentação;
- Auxílio-saúde;
- Auxílio-transporte;
- Plano de previdência complementar.
Por isso, é uma das carreiras públicas mais cobiçadas por quem busca estabilidade e boa remuneração.
Outras dúvidas sobre o cargo de Oficial de Justiça
Muitas pessoas têm curiosidade sobre o que um Oficial de Justiça pode ou não fazer no dia a dia, quais são suas limitações e responsabilidades específicas.
Além das funções básicas de cumprir mandados e ordens judiciais, existem regras claras que definem o que é permitido ou proibido ao profissional.
Nesta seção, vamos esclarecer as principais dúvidas que ajudam a entender melhor essa carreira essencial para o funcionamento da Justiça. Confira!
– O Oficial de Justiça pode prender?
Não. O Oficial de Justiça não tem poder de prisão, a menos que esteja acompanhado por autoridade policial durante uma diligência que envolva ordem judicial específica.
Sua função é comunicar e cumprir mandados, não executar prisões.
Se houver resistência ou risco, o oficial deve acionar a polícia, que é quem tem competência para efetuar a prisão.
– Oficial de Justiça pode andar armado?
Em regra, não pode. O Oficial de Justiça não é policial e, portanto, não possui porte de arma institucional.
Alguns tribunais já discutiram projetos de lei sobre o tema, mas, atualmente, o porte só é permitido em situações excepcionais, mediante autorização específica e comprovação de necessidade.
A segurança pessoal durante as diligências é garantida por protocolos e, quando necessário, apoio policial.
– O Oficial de Justiça precisa ser formado em Direito?
Na maioria dos concursos, sim. Embora alguns tribunais aceitem qualquer curso de nível superior, a tendência nacional é exigir formação em Direito, pois o cargo envolve interpretação de normas, leis e decisões judiciais.
Ter uma graduação em Direito aumenta significativamente as chances de aprovação e facilita o aprendizado durante o trabalho.
– O que um Oficial de Justiça não pode fazer?
Por exercer uma função pública com grande responsabilidade, há várias restrições éticas e legais. O Oficial de Justiça não pode:
- Favorecer uma das partes em um processo;
- Deixar de cumprir um mandado sem justificativa;
- Cobrar valores ou vantagens para realizar atos processuais;
- Repassar informações sigilosas de processos;
- Agir sem autorização judicial.
Essas condutas podem gerar sanções disciplinares, além de processos administrativos e penais.
– Vale a pena ser Oficial de Justiça?
Com certeza! O cargo de Oficial de Justiça une estabilidade, boa remuneração e relevância social.
É uma profissão ideal para quem busca uma carreira sólida dentro do sistema judiciário e gosta de lidar com diferentes pessoas e situações.
Além disso, a faculdade de Direito abre diversas portas, tanto em concursos públicos quanto na advocacia, tornando-se uma base sólida para quem sonha com uma carreira jurídica de sucesso.
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Conclusão sobre como ser um Oficial de Justiça
O Oficial de Justiça é um profissional essencial para o funcionamento da Justiça no Brasil.
Responsável por garantir que as decisões judiciais sejam cumpridas, ele atua com autonomia, responsabilidade e compromisso com a lei.
Se você tem interesse em seguir essa carreira, comece pela formação certa. Cursar Direito é o primeiro passo e, com dedicação e preparo, é possível conquistar essa vaga tão desejada.
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