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O que é cultura maker e qual é a sua importância para a educação?

De acordo com a Pesquisa Nacional do Impacto do Ensino Maker na Educação, a cultura maker contribui para o aumento do desempenho e da participação dos estudantes em atividades acadêmicas. O estudo também destacou que o ensino maker ainda colabora para uma melhora da capacidade socioemocional.

Mas, afinal, o que é cultura maker e como ela funciona? Neste artigo, nós respondemos essas perguntas e apresentamos alguns benefícios desse movimento para os estudantes, independentemente do seu nível de formação acadêmica. Saiba como e por que você pode e deve aproveitar a cultura maker a seguir.

O que é cultura maker?

Para entendermos o que é a cultura maker, é necessário recorrermos à origem da palavra. “Maker” é uma palavra da língua inglesa que significa autor, criador ou fazedor. Assim, podemos dizer que a cultura maker nada mais é do que um conjunto de ações que envolve o desenvolvimento de objetos com as próprias mãos. No caso, o movimento maker é formado por pessoas adeptas à ideia do “faça você mesmo”.

“O principal conceito por trás da cultura maker envolve a ideia de que as pessoas são capazes de modificar, consertar ou construir objetos usando seu próprio potencial criativo, ampliado por um ambiente colaborativo, pensando de maneira sustentável e na possibilidade de replicar tal feito”, explica Victor Reiss, coordenador de Robótica do Colégio Etapa.

Como funciona a cultura maker?

“A ideia principal da cultura maker é possibilitar que as pessoas construam sua própria bicicleta, por exemplo, com o auxílio de diversas ferramentas e máquinas, como capelas para pintura, cortadores a laser, fresas, impressoras 3D e tornos”, destaca Marcelo Dias, coordenador-geral da Graduação da ESEG – Faculdade do Grupo Etapa.

“Claro que o processo criativo pode se manifestar independentemente do local. Mas, como a ideia é “colocar a mão na massa”, os laboratórios de inovação apresentam possibilidades reais de concretizar essa intenção, uma vez que eles dispõem de uma variedade de materiais e equipamentos”, complementa Reiss.

Quais são as vantagens da cultura maker?

Além dos benefícios destacados pela Pesquisa Nacional do Impacto do Ensino Maker na Educação, a cultura maker também é responsável por incentivar o processo colaborativo, a sustentabilidade e a replicação de soluções.

“Esses parâmetros fazem parte da essência da cultura maker. Isso porque esse movimento incentiva que todo o conhecimento adquirido deve ser tornado público, de forma a viabilizar o desenvolvimento contínuo de uma ideia. Além disso, a cultura maker incentiva a busca por solucionar as problemáticas em torno de um objeto, ao invés de simplesmente substituí-lo. Esse movimento também tem um viés ligado à reciclagem e à reutilização, assim como incentiva que as pessoas se preocupem em desenvolver soluções que possam ser facilmente reproduzidas em outros ambientes”, esclarece Reiss.

A cultura maker também é responsável por estimular diversas competências que são fundamentais para o desenvolvimento acadêmico e profissional. “A rotina dos makers se assemelha a de um cientista, que formula, testa e compartilha hipóteses. Assim, os estudantes se beneficiam do estímulo de aspectos como a criatividade, o raciocínio, a resolução de problemas e o trabalho em equipe”, reforça Reiss.

“As vantagens de fazer parte da cultura maker também estão relacionadas à flexibilidade de se produzir objetos que atendam a diferentes necessidades com custo bastante inferior em comparação com aqueles que são produzidos em larga escala pela indústria. Existem projetos muito interessantes desenvolvidos pelos makers que se tornam grandes inovações, otimizando produtos e serviços”, afirma Dias.

“Além disso, um dos principais benefícios de participar desse movimento envolve a satisfação de ver um produto feito por si mesmo. E, atualmente, essa cultura conta com uma rede de colaboração e de compartilhamento de ideias bastante extensa nos meios virtuais e clubes makers, o que permite que várias pessoas, sob diversas facetas, trabalhem em busca de uma solução para o mesmo problema, acelerando o processo e ampliando o conhecimento”, afirma Dias.

“De fato, a aprendizagem adquirida a partir do desenvolvimento de um projeto é um dos ganhos mais significativos que os estudantes podem conquistar. Isso porque a cultura maker contribui para que as disciplinas presentes no currículo escolar ou de um curso universitário se relacionem entre si e com as ideias que estão em pauta, de forma a propiciar um ambiente de aprendizado capaz de dar novos sentidos e novas dimensões aos conceitos estudados, a partir da aplicação prática dos conteúdos”, complementa Reiss.

“A participação ativa em fóruns de discussão e grupos formados por outros makers em redes sociais, por exemplo, permite o compartilhamento de informações ligadas a esse movimento. Ou seja, esses ambientes são muito ricos em termos de aprendizado. Nesse sentido, a cultura maker também contribui para a compreensão de que a tecnologia não deve ser utilizada para uma assimilação simples e rápida dos conteúdos, mas sim como uma ferramenta para a absorção e a renovação de conceitos”, reforça Reiss.

Como os estudantes podem aproveitar a cultura maker?

Tanto os estudantes que estão em fase escolar quanto aqueles que já estão cursando o ensino superior podem criar ou trabalhar com diferentes projetos. “Esse movimento estimula a criatividade e o empreendedorismo. Por isso, vale a pena usufruir dos materiais e dos maquinários presentes nos espaços maker para desenvolver projetos por lazer, para fins acadêmicos ou até mesmo profissionais”, destaca Dias.

No caso dos estudantes que estão na educação básica, a presença da cultura maker nas escolas pode contribuir para o desempenho escolar. “Embora as crianças e os adolescentes sempre busquem desenvolver protótipos que funcionem, eles também aprendem como cada máquina presente nos espaços maker funciona. Esse tipo de atividade combina o lúdico com o desenvolvimento acadêmico, contribuindo para o aumento da concentração, do foco nos estudos e de um conhecimento multidisciplinar”, explica Dias.

“Já os estudantes que estão na faculdade podem aproveitar a cultura maker para criar novos produtos e otimizar processos, o que lhes permite desenvolver características que são muito valorizadas no mercado de trabalho, como liderança, persuasão, resiliência, trabalho em equipe e gerenciamento de conflitos. Por essa razão, a cultura maker é uma grande aliada dos futuros profissionais, independentemente da escolha ser trabalhar em empresas já estabelecidas ou empreender”, conclui Dias.

Gostou dessas informações sobre o que é cultura maker, como ela funciona e qual é a sua importância para o aprendizado dos estudantes de diferentes ciclos acadêmicos? Esse movimento faz parte da estratégia pedagógica da ESEG e do Colégio Etapa. Os estudantes podem usufruir de diferentes equipamentos e ferramentas nos laboratórios de inovação presentes em nossas unidades. Saiba mais em nossos sites!

*Texto escrito em parceria com o Colégio Etapa.

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